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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Brasil leva etanol à COP 15 como opção de combustível sustentável


Representantes defendem produto na conferência sobre clima da ONU.
Suécia e EUA são parceiros para desenvolvimento de biocombustíveis.

Representantes do Brasil aproveitam a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 15) para tentar firmar o álcool como uma alternativa de combustível renovável para o mundo.

Em apresentação realizada nesta terça (8) em Copenhague, funcionários do governo e da indústria sucroalcooleira brasileira defenderam o setor e rebateram alegações de que sua expansão pode causar pressão sobre o meio ambiente.

“Sabemos que os biocombustíveis não são a solução definitiva para as mudanças climáticas. Mas não podemos pensar num mundo mais sustentável sem eles”, disse o embaixador André Amado, subsecretário-geral de Energia e Alta Tecnologia do Itamaraty.

Thelma Krug, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, argumentou que não é correta a idéia de que a expansão da cana estaria acontecendo em áreas da Amazônia.

Também apontou que o aumento do cultivo de cana em outras regiões não precisa ter como conseqüência que a produção de gado seja deslocada para áreas de floresta, causando desmatamento.

Questionada a respeito pelo público presente à apresentação, ela afirmou que a produção poderia aumentar sem “empurrar” o gado para a região amazônica, já que a pecuária brasileira ainda pode ser consideravelmente intensificada, ou seja, pode ter sua produção aumentada sem a abertura de novos pastos.

A secretária destacou ainda que o país, por meio de legislação específica, deve erradicar em alguns anos a queima periódica dos canaviais para colheita manual. Ela lembrou que o Brasil tem como controlar essas queimadas por satélite. “Mais de metade da produção já é mecanizada”, disse.

O Brasil convidou a Suécia e os EUA para participarem da apresentação. Os dois países possuem acordos de cooperação na área de biocombustíveis, para desenvolvê-los tecnologicamente e atuar conjuntamente para transformá-los em commodities.

Os norte-americanos foram representados por Lisa Jackson, que comanda a Agência de Proteção Ambiental do país. “A parceria com o Brasil é um exemplo do compromisso dos EUA com o uso de biocombustíveis”, disse a representante.

Dennis Barbosa Do G1, em Copenhague

09/12/09 - 06h15 - Atualizado em 09/12/09 - 13h08




Um comentário:

Eneide disse...

Que natureza linda! O criador fez muita coisa boa mas é pena que a criatura humana destrói até o que ajuda a sua vida. Torcemos para que um grande número das pessoas desperte a consociência da responsabilidade pelo planeta em que vive.
Parabéns!
Abraço da mana

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