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domingo, 31 de janeiro de 2010

O Haiti – um país castigado por fatores naturais e com uma história vivida com problemas sociais políticos e econômicos

O Haiti

O destino dessa nação tem sido muito trágico. Vidas marcadas há anos por catástrofes que leva o país a ficar em ruínas, além de ser um dos países mais pobres da América Latina e do mundo, o Haiti segundo o Banco Mundial, nos últimos vinte anos, sua economia despencou brutalmente: 0,2% por ano na década de 80 e 0,4% por ano nos anos 90.

A renda per capita dos haitianos é de U$ 480,00 por ano (a dos americanos é de U$ 33.550,00); a metade da população passa fome e é analfabeta; a expectativa de vida chega a 49,1 anos.

Além do mais tem que enfrentar o destino que a natureza traçou para esse povo, razão pela qual só Deus e a natureza pode nos explicar.

São muitos os problemas que o Haiti enfrenta e deixa milhares de irmãos em Cristo, sofrendo todo tipo de necessidade onde cada vez mais caminham para o fim do túnel onde nenhuma luz acende na esperança de uma mudança para melhor.

Além de ser tão massacrada por inúmeros fatores, é o país onde morre mais crianças com menos de cinco anos de idade, mas foi o primeiro país a libertar seus escravos, sem contar que o Haiti já foi um dos maiores produtores da açúcar.. concorrendo com o Brasil no século XVII.
Passou por vários golpes militares e governo repressores.

História do Haiti


O Palácio Presidencial (Palácio Nacional) em Porto Príncipe, que foi seriamente danificado durante o Sismo do Haiti de 2010.

Geografia

O terreno do Haiti consiste principalmente de montanhas escarpadas com pequenas planícies costeiras e vales fluviais. O leste e a zona central é um grande planalto elevado.
A maior cidade é a capital Port-au-Prince, com 2 milhões de habitantes, seguindo-se-lhe Cap-Haïtien com 600 000.

O Haiti é uma república presidencialista com um Presidente eleito e uma Assembleia Nacional. A constituição foi introduzida em 1987 e teve como modelo as constituições dos Estados Unidos da América e da França. Foi parcial ou completamente suspensa durante alguns anos, mas voltou à plena validade em 1994.

Os primeiros humanos no Haiti, também conhecido como La Española' ou Hispaniola, chegaram à ilha há mais de 1000 anos aC, possivelmente 7000 aC.

Em 5 de dezembro de 1492, Cristóvão Colombo ao viajar para o ocidente atingiu uma grande ilha. Mais tarde passou a ser chamar de São Domingos; dividida entre dois países - a República Dominicana e o Haiti - , é a segunda maior das Grandes Antilhas, com a superfície de 76.192 km² e cerca de 9 milhões de habitantes.

Com 640 km de extensão entre seus pontos extremos, a ilha tem formato semelhante à cabeça de um caimão (pequeno crocodilo abundante na região), cuja "boca" aberta parece pronta a devorar a pequena ilha de Gonâve. O litoral norte abre-se para o oceano Atlântico, e o sul para o mar do Caribe (ou das Antilhas).

Conquista espanhola

Depois da chegada de Colombo, os espanhóis estabeleceram fortes no litoral da ilha; depois da segunda viagem de Colombo à ilha, a colonização foi estendida para toda a ilha, ocorrendo a escravização de indígenas para a agricultura e cerâmica. A partir de 1520 a colonização espanhola no Haiti teve sua decadência.

Depois da decadência espanhola, a partir de 1625, a ilha teve grande influência francesa. Em 1697 a Espanha e a França assinaram o Tratado de Ryswick, que determina a passagem do controle da ilha para a França. Por essa época praticamente toda a população nativa havia sido dizimada pela força e pelas doenças.

Colonização francesa

Abrigados na estratégica ilha de Tortuga, os piratas franceses passaram a ocupar partes da ilha. As tropas enviadas para combatê-los acabaram por se estabelecer na sua porção ocidental. Os conflitos com os espanhóis duraram pelo menos até 1776, quando o terço ocidental da ilha passou definitivamente ao domínio francês.

Durante todo o século XVIII os franceses incrementaram a formação da lavoura açucareira na região, importando escravos africanos em grande quantidade. Ao começar a Revolução Francesa, viviam na colônia cerca de 500 mil negros, 24 mil mestiços e 32mil brancos.

O Haiti, proporcionalmente a seu território e sua rentabilidade, podia ser considerado como uma das mais ricas colônias da América, a "pérola das Antilhas".


Independência

O Haiti foi o primeiro país latino-americano a declarar-se independente. Os movimentos insurrecionais da população escrava, numericamente com uma superioridade esmagadora, começaram a se tornar frequentes.

Em 1754 havia 465 mil escravos, e a classe dominante era composta por apenas 5 mil brancos, sendo o restante de negros e mulatos livres e brancos pobres. Nesse ano desencadeou-se a revolta do escravo Mackandal, que utilizou os ritos do vodu para aterrorizar os senhores e unir os escravos contra eles.

Após quatro anos de guerrilhas, Mackandal foi preso e condenado à fogueira como feiticeiro, mas diz-se que fugiu pouco antes da execução. Em consequencia, os

franceses passaram a reprimir o vodu.
A Revolução Francesa, com seus ideais de liberdade, foi o estopim para outra revolta.






Intervenção norte-americana

Entre a deposição de Boyer e a intervenção dos Estados Unidos, o Haiti conheceu vinte e um governantes que tiveram final trágico. Digno de nota foi Faustin Soulouque, que, nomeado presidente em 1847, conquistou a República Dominicana em 1849e foi proclamado imperador, promovendo um renascimento das práticas vodus e apoiando-se nos negros.

A luta pela independência dos dominicanos levou à derrocada de seu governo, tendo sido deposto em 1858 e exilado. Dos demais governantes, um presidente foi envenenado, outro morreu na explosão de seu palácio, outros foram condenados à morte e um deles, Vilbrum Sam, foi linchado pelo povo.

A economia caótica e a instabilidade institucional levaram os EUA a intervir no país a fim de cobrar a dívida externa. Em 1905, passaram a controlar as alfândegas e, em 1915, invadiram militarmente a ilha e assumiram o governo. A intervenção reorganizou as finanças e impulsionou o desenvolvimento da nação.

Os americanos impuseram uma nova constituição e se comprometeram a respeitar a soberania do país. Seguiram-se sucessivos governos da elite mulata.

A presença das tropas americanas impediam a anarquia e a guerra civil, porém não puderam conter a fragilidade dos governos nem a constante oposição dos nacionalistas, que não desejavam a continuidade das tropas estrangeiras. Em 1934, os EUA retiraram suas tropas e, em 1941, abdicaram do controle alfandegário.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Haiti






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