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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Futuro da caça às baleias incerto

Cifras propostas até 2014 possibilitarão matar até 3.860 baleias


Comissão Baleeira Internacional acusada
de seguir interesses políticos

Ontem, 88 países-membros da Comissão Baleeira Internacional (CBI) reuniram-se, em Agadir (Marrocos), com fortes divergências sobre a possível retoma da captura dos mamíferos que, segundo os ecologistas, continuam a ser vítimas dos arpões, apesar da caça comercial ter sido vetada há 25 anos, mas a falta de acordo entre os países partidários e contrários levou à suspensão da sessão plenária, para abordar o levantamento da moratória em grupos fechados.

A 62ª sessão da CBI deveria examinar até sexta-feira um projecto de acordo para pôr um ponto final a 25 anos de conflito entre seus membros, cujos desentendimentos remontam à 1986, desde a entrada em vigor da moratória à caça. A proposta prevê reduzir o número de capturas para os próximos dez anos, o que significa autorizar a pesca comercial. O texto não determina, porém, o que ocorrerá quando esse período interino for concluído.

O Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês), o Greenpeace e o grupo ambiental PEW foram os três principais grupos ambientalistas presentes e denunciaram que, todos os anos, 1.500 baleias são capturadas à margem do controlo da CBI. Estes destacaram ainda que devem ser incluídos seis pontos "fundamentais" para que o resultado da reunião seja satisfatório.

Apesar do benefício de contar pela primeira vez com um pacote de medidas concretas, como ponto de discussão, não se trata de uma minuta que satisfaz plenamente nem os países partidários da caça, como Noruega, Rússia, Dinamarca, Islândia e Japão, nem os conservacionistas, liderados por América Latina e Austrália.

Cifras questionadas

Noruega e Islândia (que criticam a moratória) e Japão (que também apoiam seu fim no caso de caça para a investigação científica) capturaram mais de 1.500 baleias no ano passado, das quais mil corresponderam apenas ao Japão, segundo cotas que o próprio país concedeu.

A CBI afirma que as cifras propostas até 2014 possibilitarão matar no total 3.860 baleias, ou seja, uma redução de apenas oito por cento em relação às capturas actuais. Vincent Ridoux, delegado científico francês, considera o resultado das cifras mais ligado “a negociações políticas do que aos trabalhos científicos”.

O relatório será examinado na plenária de amanhã e a CBI fará dois dias de trabalhos a portas fechadas para tentar pacificar o terreno e abrir caminho para as negociações.

Ciência Hoje
22-06-2010


2 comentários:

Mazé Silva disse...

Oi meu querido e companheiro de blog Mindo!!!

Excelente matéria sobre Ecologia, temas que deveriam ser sempre lembrados pelos habitantes do Planeta.

Acho que independente de política, esse animal mamífero o maior da terra, deve ser debatido em conferências mesmo. Tomara que cheguem a um consenso em prol da preservação da espécie, numa tomada de consciência, partindo principalmente dos governantes punindo os infratores, os políticos na elaboração de leis mais drásticas pra preservar a fauna marinha, como terrestre e a fauna.

Com a ajuda dos ambientalista, conseguem de uma certa forma diminiuir a caça a matança das baleias.

Parabéns pela matéria e o vídeo é fenomenal, não poderia ser melhor.

Beijinhos pra você meu amigo!!!

Maze Silva

Bottary disse...

Ola! Armindo, Ilustre defensor ecológico.

Concordo em gênero, número e grau com nossa professora.

Sabia, professora, que as empresas fabricantes de óleo lubrificante, usavam óleo de baleia, para aditivar no óleo lubrificante, dos equipamentos movidos a ar comprimido?

Hoje em dia, estão fazendo o sintético, exatamente por causa das lutas de preservação das lindas baleias.

O óleo lubrificante para equipamentos com ar comprimido, tem que se misturar com os vapores d'água, caso contrário não haveria lubrificação adequada e o equipamento se quebraria em pouco tempo.

O óleo de baleia, tem esta função de fazer com que as moléculas de água se entranhem no óleo, virando tudo uma gosma pastosa e de eficiente lubrificação, tirando assim, a característica elementar do óleo que é de se separar da água, por ter uma densidade mais leve.

Abraços!

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