DESTAQUES

sábado, 16 de outubro de 2010

Horário de verão começa amanhã à meia-noite


O horário de verão começa amanhã e deverá proporcionar uma redução de cerca de 5% no consumo de energia elétrica nos momentos de pico de demanda no Sudeste, Centro-Oeste e Sul do País. A estimativa foi feita ontem pelo secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner.

À meia-noite deste sábado, os moradores dessas regiões terão de adiantar os relógios em uma hora. A medida vai valer até zero hora do dia 20 de fevereiro de 2011.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que as companhias aéreas vão seguir o horário de verão desde a hora da virada, mas recomenda aos passageiros que procurem as empresas em caso de dúvida.

A SPTrans informou que todas as linhas de ônibus da capital farão o mesmo número de viagens. As 60 linhas que rodam 24 horas não têm mudanças. Já ônibus que param de madrugada terão horário normal mantido até 1h30 (2h30 no horário de verão), e voltarão a rodar às 3h30 do horário de verão. O Metrô divulgará hoje como vai operar.

Relógio deve ser adiantado em uma hora à 0h de domingo (18) (Foto: Glauco Araújo/G1)


O horário de verão este ano começa à 0h de domingo, 18 de outubro, e vai até a 0h de 21 de fevereiro de 2010.
Os relógios terão de ser adiantados em uma hora. A partir deste ano, a medida vigora em uma data fixa, conforme prevê decreto sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A mudança de horário só vale para os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Expectativa. Segundo o secretário de Energia Elétrica, esse porcentual de redução de 5% na demanda é o mesmo dos anos anteriores. O principal objetivo do horário de verão é aliviar a carga entre 19h e 21h, período em que a maioria das pessoas chega em casa, toma banho e a iluminação pública é acionada.

Como os relógios são adiantados em uma hora, esse pico do consumo é diluído, pois a luz natural do dia é aproveitada por mais tempo.

Segundo Grüdtner, no Sudeste e no Centro-Oeste a diminuição da demanda no horário de ponta será de 1.945 megawatts (MW), duas vezes o consumo de Brasília nesse horário.

No Sul, a redução será de 585 MW. A redução geral do consumo, considerando todo o dia e não só o horário de pico, deve ser de 0,5%. A AES Eletropaulo, concessionária que atende 24 municípios de São Paulo, prevê redução de até 6% na demanda de energia, o que corresponde a 430 MW.


Ideia do horário de verão surgiu antes mesmo da luz elétrica


Ben Franklin foi primeiro a ver economia em prolongar uso da luz do dia.Mas a medida 'estreou' só durante a Primeira Guerra Mundial.

Concepção artística mostra Benjamin Franklin escrevendo à luz de velas. (Foto: Arte/G1)
Em 1784, quando ainda não existia luz elétrica, o jornalista e inventor Benjamin Franklin viu que gastava muitas velas quando trabalhava de noite. Acordar mais cedo passou a ser a sua solução de economia, e ele chegou a sugerir que as praças tivessem "barulhos de canhões para fazer os preguiçosos levantarem mais cedo todos os dias". Para alívio dos vizinhos, a ideia de Franklin não foi implementada, mas ela foi o embrião do que hoje chamamos de horário de verão.

A ideia de ajustar os relógios veio um pouco mais tarde, em 1905, com o construtor William Willett. Ele lutou anos para conseguir introduzir o horário de verão na Inglaterra, mas morreu sem ver sua ideia funcionar.

Foi apenas na Primeira Guerra Mundial, em 1914, que o horário de verão foi introduzido pela primeira vez, na Alemanha. Rapidamente, outros países também adotaram a técnica, inclusive os EUA. No pós-guerra, no entanto, os fazendeiros americanos conseguiram derrubar a medida, que também caiu em vários outros países.

A guerra mundial voltou, em 1939, e novamente o horário de verão foi introduzido em países aliados e do eixo.

Nos anos 1960, a lei americana determinava que cada estado escolher se queria ou não participar da mudança, gerando uma grande confusão de horários. Em uma linha de ônibus da Virgínia Ocidental, por exemplo, os passageiros tinham que mudar seus relógios sete vezes em 56,3 km.

A história é contada no livro "Seize the Daylight: The Curious and Contentious Story of Daylight Saving Time", do especialista em horário de verão e P.h.d. pelo Instituto Tecnológico de Massachusetts David Prerau.

Outros benefícios
Em entrevista ao G1, por telefone, Prerau disse que a economia de energia não é o único benefício da implantação do horário de verão.


Segundo ele, muitos países adotam a medida por conta da diminuição da criminalidade no horário de saída do trabalho e também pelo aumento do lazer da população, que pode curtir o fim de tarde por mais tempo. "Hoje mais de 70 países adotam a técnica e na maioria deles a economia de energia é significativa."

Mas há quem diga que a contenção de energia não é o verdadeiro motivo da implantação do horário de verão. Michael Downing, professor da Universidade de Tufts, em Boston, e autor de "Spring Forward: The Annual Madness of Daylight Saving Time" (A primavera avançada: a loucura anual do horário de verão"), disse que a real intenção do adiantamento dos horários é o lobby das companhias de petróleo e das lojas de shopping.


"Eles lucram mais com o prolongamento do dia, já que como saem mais cedo do trabalho, as pessoas vão às compras. E não vão andando. Elas pegam carros". Segundo Downing, o horário de verão também contribui para o aquecimento global, já que aumenta o uso do ar-condicionado. "Acho que é uma medida cínica que evita o investimento em uma política eficaz de energia nos países."

Nota: Mazé Silva

Ao escrever o parágrafo que fala sobre Benjamim Franklin escrevendo à luz de vela, lembrei-me da minha infância e adolescência que também estudava à luz de lamparina, movida a querosene, pois também não existia energia na localidade onde eu morava.

Pense num sacrifício, você estudar, fazer tarefa desde o ensino primário como dizia-se na época, até ao término da 8ª série. Já no ano seguinte vim morar em Fortaleza e lá ainda continuava sem energia.

Quanto ao aspecto da energia chegar na zona rural, eu era pessimista e não acreditava. Estava igual a São Tomé, só acreditava se visse. Rsrsrs. Mas até que enfim colocaram. Afffffffff !!!!!!
.

2 comentários:

Eneide disse...

Oi Mazé!
Até que enfim cheguei aqui. Gostei deste artigo sobre o horário deverão. Eu sempre me interroguei é verdade que há economia com esta mudança? Não sabia que veio de tão longe esta idéia. Lembrei também do nosso tempo em que estudava àluz da lamparina não era!Tempo difícil mas valeu. O estudo daquele tempo nem se compara com o de hoje; tinha base sólida.
Abraço e parabéns pelos seu artigos.

Mazé Silva disse...

Olá minha querida Mana!

Eita minha irmã foi difícil de encontrar? Ehehehehe

É justamente pensando na economia de energia que foi criado o horário de verão e consequentemente uma economia de uma foma generalizada.

Com essa matéria lembrei-me do nosso tempo mesmo, por isso citei que estudávamos à luz de vela e o nariz amanhecia preto da fumaça que inspirávamos da lamparina.

Ehehehehe. Terrivelmente época difícil, mas mesmo assim aprendíamos tanto quanto aos que moravam na cidade.

Obrigada pela visita e pelo comentário.

Beijos sua mana que muito lhe ama!

Mazé Silva

Adbox