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domingo, 10 de janeiro de 2010

Geleiras da Bolívia já sentem os efeitos do aquecimento global

La Paz e El Alto podem ter o abastecimento de água afetado.
Vídeo do New York Times explica o problema.


Cientistas alertam sobre o efeito do aquecimento global nas geleiras da Bolívia. A capital La Paz e a vizinha El Alto são as regiões mais afetadas.

As geleiras que cercam as cidades andinas bolivianas representam mais de 20% do abastecimento de água para dois milhões de habitantes nas duas cidades. O restante vem basicamente da coleta da chuva.

O problema piora com a administração ineficiente do governo e a falta de conscientização da população. A Bolívia é um dos países mais pobres da América do Sul e cerca de 40% de toda a reserva de água do país acaba sendo desperdiçada.

Em La Paz, a cidade mais rica, as pessoas entendem a gravidade da situação, mas ainda não enfrentam racionamento de água e de energia. Já em El Alto os efeitos são mais evidentes.

A dona de casa Celia Cruz, de 33 anos, sofre com problemas de abastecimento, desde setembro do ano passado. Ela já pensa em deixar a cidade, onde vive há mais de 10 anos. “O que mais posso fazer? Sem água não dá para viver”, lamenta.

Especialistas acreditam que com a reforma da rede de distribuição e a construção de uma represa mais moderna, seria possível resolver o problema na região. Já o renomado estudioso de geleiras, Edson Ramírez alerta.

“Os efeitos das mudanças climáticas estão aparecendo muito rapidamente. Não sei se teremos tempo para responder. A obra de um novo reservatório leva de cinco a sete anos para ficar pronta”, comenta.

Ramírez lembra que o desaparecimento da geleira Chacaltaya foi previsto para 2020, mas ele sumiu em 2009. Só sobraram as encostas rochosas das montanhas.

Chacaltaya era considerada a estação de esqui mais alta do mundo, localizada a mais de cinco mil metros acima do nível do mar. O local funcionou de 1939 até 2005.

As geleiras bolivianas podem ser vistas de quase todos os lugares nas cidades de La Paz e El Alto. O processo de desaparecimento provoca um sentimento de perda nos bolivianos semelhante ao das torres gêmeas para os nova-iorquinos.

“Ver esta mudança me enche de tristeza”, conta o guia turístico da capital Gonzalo Jaimes.

Site G1

09/01/10 - 09h00 - Atualizado em 09/01/10 - 09h00

Vídeo - Elisabeth Rosenthal / Do 'New York Times'





2 comentários:

Miriamdomar disse...

Os cientistas sempre alertam e é lamentável ver que, só se faz algo ,depois que as catástrofes acontecem!
Faz-se tão pouco para preservar o planeta terra!
Temos que ser todos a alertar , como voçê faz com o seu blog!
Parabéns!
Beijos da amiga
Miriam

Mazé Silva disse...

Oi minha amiga!

Realmente temos que alertar, prevenir antes que o pior aconteça como falaste.

O homem devasta, destroi utilizando dos benefícios do progresso, sem pensar na conciliação com o meio ambiente.

Obrigada Miiam pela sua contribuição.

Beijos da amiga!

Mazé Silva.

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