Che Guevara
De Madri para a BBC Brasil - Uma exposição em cartaz em Sevilha, na Espanha, reúne imagens da infância e juventude de um dos maiores ícones da esquerda mundial, o guerrilheiro e líder revolucionário Ernesto Che Guevara.
Intitulada Che antes de ser Che, a mostra, que tenta traçar o perfil e a personalidade de Che Guevara antes de se tornar um militante de esquerda, está em cartaz na Escola de Estudos Hispano-Americanos e reúne objetos pessoais e fotos de família com registros a partir de 1933.
A exposição mostra que na infância e adolescência, passadas nas cidades de Córdoba e Buenos Aires, na Argentina, Che Guevara já indicava o caminho que seguiria na vida adulta. A mostra revela, por exemplo, que aos nove anos de idade ele se fantasiou de soldado e aos 16 escrevia poemas sobre causas sociais.
República Espanhola
No exílio, reivindicava a saída do ditador fascista Francisco Franco.
Documentos apresentados na mostra descrevem, também, a curiosidade do menino Ernesto por relatos sobre a Guerra Civil Espanhola, na época em que a Argentina recebia migrações massivas de refugiados do conflito.
A mostra traz cartas escritas por Che ainda na infância que indicam inquietação com a guerra e a situação dos exilados.
Entre outros textos pessoais citando teorias marxistas e a união dos povos da América Latina, a mostra exibe a última carta do Che, escrita no Congo ao pai em que dizia: "uma recordação dos tempos em que começava a procurar a poesia seguindo a sua rota".
Outras imagens dão uma ideia da vida familiar de Che, como fotos do garoto de cinco anos em uma das frequentes viagens da família a uma região serrana à procura de ar puro por causa da asma que marcaria a vida dele para sempre.
Por causa da doença respiratória, Ernestito, como era chamado na família, perdeu muitas aulas na escola e foi parcialmente educado em casa pela mãe, Célia de la Sierna.
Entre outros objetos de destaque está o livro Mi hijo, el Che ("Meu filho, o Che"), escrito pelo pai do guerrilheiro, e cartas de exilados espanhóis à família Guevara. A exposição sobre Che Guevara (1928-1967) estará aberta em Sevilha até o próximo dia 25 de fevereiro e inclui palestras, debates e projeção de documentários com imagens familiares.
Aqui estão as mãos de Che, que foram mutiladas e expostas pra comprovar sua morte
Descobertas recentemente, as fotos da agonia do guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara, ícone mundial da esquerda e um dos líderes da Revolução Cubana, recompõem os seus últimos momentos no interior da Bolívia. Na foto mais conhecida até hoje, ele já estava morto.
O material chegou em um envelope anônimo às mãos do escritor argentino Pacho O'Donnell, ex-secretário da Cultura da Argentina e autor de uma conhecida biografia do Che. Foram publicadas primeiramente em fevereiro no jornal argentino "Clarín", e na semana passada, acompanhados de um ensaio assinado pelo próprio O'Donnell, publicadas na revista semanal "Noticias".
"Imagino quem me mandou, mas não posso dizer.
Até hoje em La Higuera [Bolívia] há muito medo de falar sobre isso", disse à Folha de S. Paulo. Segundo ele, as fotos foram publicadas num livro de pouca circulação escrito por Federico Arana Serrudo, que era, em outubro de 1967, chefe da inteligência militar do Estado-Maior boliviano.
"O texto era uma defesa dos militares que mataram Che, por isso não teve maior repercussão", especula. Ele não procurou o militar boliviano nem sabe se está vivo. "Como todos os militares envolvidos na época, deve ter quase 80 anos hoje." Quem tirou as fotos, sustenta ele, foi o piloto do helicóptero que levou Che.
Foto Histórica
O'Donnell afirma que uma das fotos, a que ele aparece logo depois de receber os disparos, acaba com a controvérsia sobre a morte do Che. "Ele não morreu em confronto, foi assassinado", explica.
"A foto em que Che olha para cima tem toda sua mística. Ele sabe que vai morrer, mas não há rancor nem ódio. Há serenidade.
Essa foto não deve nada às duas que construíram a imagem do mito -a que está espalhada em camisetas pelo mundo e a dele morto. Essa se junta a elas agora."
O'Donnell fez dezenas de entrevistas com pessoas que conheceram o guerrilheiro, até sua babá. Conta que, na região onde morreu, na Bolívia, que ele visitou para escrever a biografia, há uma espécie de culto a Che.
O escritor acredita que o fato de essas fotos terem ficado guardadas por quase 40 anos demonstra o quanto o personagem Che ainda está presente.
Che Pouco Estudado
Na Argentina, não houve uma grande repercussão com a publicação das fotos da agonia do Che. "Ao contrário do que muitos podem esperar, o Che ainda não é um herói nacional na Argentina", diz o diretor do Primeiro Museu Histórico Che Guevara, de Buenos Aires, Eladio González.
"Ele não é estudado nos livros didáticos. Só aparece nas campanhas eleitorais, nas camisetas dos jovens ou nas bandeiras das torcidas de futebol. De resto, ele é um personagem esquecido e pouco estudado no país."
Na Bolívia, o governo do presidente Evo Morales engavetou um projeto de lei que blindaria militares bolivianos que participaram da execução do Che, em 1967.
O projeto chegou a ser aprovado pelo Congresso boliviano, mas não foi sancionado pelo então presidente Eduardo Rodríguez, que transmitiu o poder a Morales no final de janeiro. Morales é um admirador declarado do guerrilheiro argentino.
Pela proposta, os militares seriam declarados eméritos e não poderiam ser afastados de suas funções.
O projeto teria, porém, alcance limitado, já que a maioria dos militares que participaram da ação morreu ou passou para a reserva.
- Folha de S.Paulo.
Na Argentina, não houve uma grande repercussão com a publicação das fotos da agonia do Che. "Ao contrário do que muitos podem esperar, o Che ainda não é um herói nacional na Argentina", diz o diretor do Primeiro Museu Histórico Che Guevara, de Buenos Aires, Eládio González.
"Ele não é estudado nos livros didáticos. Só aparece nas campanhas eleitorais, nas camisetas dos jovens ou nas bandeiras das torcidas de futebol. De resto, ele é um personagem esquecido e pouco estudado no país."
O projeto teria, porém, alcance limitado, já que a maioria dos militares que participaram da ação morreu ou passou para a reserva.
- Folha de S.Paulo.
"A foto em que Che olha para cima tem toda sua mística. Ele sabe que vai morrer, mas não há rancor nem ódio. Há serenidade. Essa foto não deve nada às duas que construíram a imagem do mito --a que está espalhada em camisetas pelo mundo e a dele morto. Essa se junta a elas agora."
O escritor acredita que o fato de essas fotos terem ficado guardadas por quase 40 anos demonstra o quanto o personagem Che ainda está presente.
Na Argentina, não houve uma grande repercussão com a publicação das fotos da agonia do Che. "Ao contrário do que muitos podem esperar, o Che ainda não é um herói nacional na Argentina", diz o diretor do Primeiro Museu Histórico Che Guevara, de Buenos Aires, Eládio González.
"Ele não é estudado nos livros didáticos. Só aparece nas campanhas eleitorais, nas camisetas dos jovens ou nas bandeiras das torcidas de futebol. De resto, ele é um personagem esquecido e pouco estudado no país."
Na Bolívia, o governo do presidente Evo Morales engavetou um projeto de lei que blindaria militares bolivianos que participaram da execução do Che, em 1967.
O grande ícone da Revolução Cubana nasceu em Rosário, no interior da Argentina, em 1928. Ernesto Guevara de la Serna era de família de classe média alta. Pouco antes de se formar em Medicina, largou tudo para fazer uma viagem em motocicleta pela América Latina.
Morou em vários países da região, até que na Cidade do México conheceu os irmãos cubanos Raul e Fidel Castro. Junta-se a eles e, em 1956, o grupo desembarca em Cuba. Che se transforma em um dos comandantes do Exército Revolucionário, que toma o poder em janeiro de 1959, ao derrotar as forças do ditador Fulgêncio Batista. Comanda as primeiras execuções do regime.
Fidel o nomeia presidente do Banco Central de Cuba e, depois, Ministro da Indústria. Depois de conhecer vários líderes mundiais, discursar na ONU e aproximar o seu país do bloco da Europa do Leste, ele renuncia a seu cargo no final de 1964. E decide "promover a revolução", como guerrilheiro em Angola Congo, e depois, em 1966, parte para a Bolívia.
Lá é emboscado pelo Exército boliviano e reconhecido por um membro da CIA de origem cubana.
É executado em 9 de outubro de 1967, aos 39 anos.
http://www.picarelli.com.br/fotolegendas/fotolegenda042006f.htm
8 comentários:
Olà querida Mazé! notace aqui aquele verdadeiro revolucinario que éra Che com ideias determinadas sem querer esperar com com auxilio exterior dizendo que lutar é maneira de conseguir.E é verdade que em alguns sentidos tem a sua razao.Beijos e abraços
Oi, amigo Manuel!
Sim Manuel o Che Guevara, era esse guerrilheiro que mostra aqui na postagem e no vídeo.
É lógico que não concordamos com tudo e que ele dizia, mas ele foi admirado pela sua coragem, de enfrentar os problemas políticos, sociais de sua nação e de outras aliando-se como socialista ao presidente de Cuba Fidel Castro.
E em sua homenagem está sendo realizada uma exposição em Servilha na Espanha, aí pertinho de você, mostrando fotos inéditas, e outros acervos da família que vivia em Córdoba na Argentina desde a infância, juventude e escritos deixados por ele que aos dezesseis anos, já escrevia poemas defendendo as causas sociais.
Beijos e abraços !!!
Mazé Silva.
Ola querida Mazé!
Bom sou uma aluna de 15 anos, comecei a estudar a poucos dias sobre a Revolução Cubana, e me facinei pelo Che Guevara! A história dele a bravura,coragem..
Ja le sobre ele, asistir filmes. Sei que tenho que aprender mais, mas o pouco que eu sei me facinou! Viva Revolução Cubana!
Beijos e abraços!
Camila Leal
Olá Camila!
Seja bem vinda ao blog e as matérias que te chamam atenção como esta sobre a vida de Che Guevara.
Você como uma estudante ainda tão novinha, mas eu a admiro pelo seu gosto pela História e pela vida deste homem destemido e que sempre preocupou-se com os problemas sociais principalmente de seu país.
Todos nós temos nossos defeitos e nossas virtudes e Che foi muito querido e admirado por grande massa populacional.
Acho que quem ler sobre Guevara, realmente fica fascida como você, eu e outros pela vida desse grande homem que desde aos dez anos já procupava-se com os problemas políticos e sociais vividos injustamente pela humanidade.
Camila continui buscando novos conhecimentos e aprofundando-se para matar a sua curiosidade e sempre aprender mais.
Obrigada pela sua visita menina!
Beijos e volte sempre.
Mazé Silva.
Muito interessante estas fotos que mostram os últimos momentos da vida de Che. Ele foi um homem que buscou a vida inteira pela aventura e nessa busca conheceu o sofrimento dos mais humildes e o comunismo. Tornou-se um revolucionário ao abraçar a causa cubana, apaixonou-se pela guerrilha, venceu, matou opositores durante os combates e os justiçou após a vitória. Foi ministro, e fracassou como político. Voltou a ser aquilo que mais gostava, guerrilheiro, e foi derrotado na África e na Bolívia. Foi capturado nesta última e teve um fim semelhante ao que impôs aos derrotados pela revolução cubana. Herói para alguns bandido para outros.
Obrigada, Mazé
gostei muito de saber, e também não conhecia o Blogue, muito interessante.
Mas aqui apenas diz que a exposição será em Espanha! Se vem à Alemanha, a que cidades virá?
De qualquer maneira beijos e abraços para você, com muito carinho *
Natália
Malaga, desculpa a demora de vir aqui responder o teu comentário, pois só hoje tive ciência da sua passagem por aqui.
Que bom gostastes da postagem e das fotos.
Obrigada pela visita e um grande abraço!
Olá Natália Pires!!!!
É um grande prazer tê-la aqui nesse cantinho, o Elo Geográfico e estou feliz por teres gostado menina!!!!
Este blog será acessado sem dúvida em todos ou quase todos países do mundo e se observares tem o Globo que poderemos ver quais os países que estão online e que cidade. Pode acessar com tranquilidade que sempre irá ocorrer tudo bem.
Espero você mais vezes por aqui e fiquei bastante contente com sua presença iluminada!
Um grande beijo Natália, da amiga que muito te gosta!!!!
Mazé Silva!!!!
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