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domingo, 3 de julho de 2011

História do Mundo - Pré-história!



Por Rainer Sousa

Qual é a primeira ideia que surge na nossa cabeça quando nos deparamos com o prefixo “pré”? Geralmente, acreditamos que este recurso da língua tem como função apontar para algum período ou momento que antecede a existência ou realização de algo. Partindo desse pressuposto, quando observamos o termo “pré-história”, somos levados a crer na existência de um tempo que foi justamente anterior à História.

Mas realmente houve uma época em que a “História” simplesmente não existiu? Se partirmos da ideia de que estudamos a história dos homens, deveríamos compreender então que a “Pré-História” faz menção a todos os acontecimentos, experiências e fatos que são anteriores à própria existência humana. Contudo, ao abrimos o livro didático, observamos a estranha presença dos “homens pré-históricos” nesse período que se inicia há cerca de 2 milhões de anos e vai até 5000 a.C..


Para compreendermos esta divergência, devemos levar em conta que as formas de se organizar o passado são múltiplas. No nosso caso, muitos dos livros de história adotam as convenções de uma periodização estabelecida no século XIX. Para os historiadores daquela época, só era possível reconhecer ou estudar o passado através do manuseio de fontes escritas. Por isso, a “Pré-história”, na visão destes estudiosos, abarca toda a experiência do homem anterior ao desenvolvimento da escrita.

Atualmente, com a transformação dos sentidos da ciência histórica, sabemos que os homens pré-históricos não podem ser arbitrariamente excluídos da “História”. Por meio dos vestígios materiais, pinturas e outras manifestações, vários historiadores se lançam ao instigante desafio de relatar sobre o passado dos homens que viveram há milhares de anos. Ao contrário do que muitos pensam, estes não eram simples versões mais próximas dos primatas ancestrais.

Nesse diversificado período, podemos observar a luta travada pelos primeiros homens em seu processo de adaptação às hostilidades impostas pela natureza. Ao longo desse processo de dominação, também é possível ver que estes sujeitos da história não estavam somente preocupados em garantir a sua sobrevivência. Por meio da pintura rupestre, podemos dialogar com os comportamentos, valores e crenças que surgem nesse remoto tempo.

Sem dúvida, as restrições e a limitação das fontes disponíveis dificultam bastante a compreensão do tempo pré-histórico. Entretanto, mesmo com o pouco que nos chega, podemos ver que o conceito elaborado no século XIX está bastante afastado de todo o conhecimento que essa época pode oferecer. Com isso, apesar dos problemas com seu nome, podemos afirmar que a pré-história esteve mais presente na História do que nunca.

http://www.historiadomundo.com.br/

Nota do aluno Bottary:

Eólito: Nome dado a peças representadas por pedras lascadas, que teriam sido utilizadas pelo homem pré-histórico. (Do gr. eós, «aurora» +líthos, «pedra»).

Eolítico é a divisão arqueológica anterior ao Paleolítico e é na Época geológica do pleistoceno, proposta por Gabriel de Mortillet (1821-1898) no século XIX. Esta divisão abrange os termos que contêm eólitos, na maior parte terciários.

Os eólitos são sílices de talhe não intencional considerados, inicialmente, como originários da acção do homem. São de mencionar, em Portugal, os eólitos da região da Ota, descobertos por Carlos Ribeiro nos terrenos terciários do Vale do Tejo. Na maior parte das peças não se reconheceu talhe intencional. Algumas delas, efectivamente trabalhadas pelo Homem, provinham de terrenos quaternários. O Eolítico foi simplesmente um atraso para a Pré-história por muitos historiadores; ninguém desvendou uma prova.

Reconhecida a natureza do talhe não intencional dos eólitos, o Eolítico deixou de ter significado arqueológico e estratigráfico.

Wikipédia,

Um comentário:

Mazé Silva disse...

Meu querido amigo Bottary!!!

Parabéns mais uma vez pela excelente matéria na área de História e que fizeste a exposição da mesma, de uma forma clara e sucinta que servirá para estudantes que queiram aprofundar seus conhecimentos, chegando aqui no Elo terá um ótima fonte de enriquecer seus conhecimentos.

Gostei da maneira que você redigiu o conteúdo, falando da Pré-história, indagando de início o seu significado e que logo em seguida teria a conclusão da significação, para depois entender o que é a História.

E concordo quando citastes que o homem pré-histórico deixou suas marcas em cavernas, como a pintura e desenhos em paredes, a confecção de instrumentos mesmo rudimentar, como o machado a faca de pedras, a descoberta do fogo, a luta pela sobrevivência, usando tudo da natureza e no caso da escassez, iriam a procurara de outro lugar, por isso eles eram chamados de nômades.

Diante de tudo que estes seres já faziam e deixaram registrados e através da arqueologia, tínhamos os achados que mesmo sem a existência da escrita, podemos comprovar a ligação concreta da Pré-história, com a História propriamente dita.

Bottary estou gostando imensamente dos seus textos que despertam interesse, pois a História em si já nos deixa curiosos em desvendar esses mistérios da antiguidade e você está explorando muitíssimo bem, de uma forma clara e precisa.

Já estou na expectativa da sua próxima postagem.

Um beijo grande da sua amiga de sempre!

Mazé Silva!!!

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