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Em 1896, Arrhenius 'responsabilizou' queima de combustível fóssil.
Os alertas de cientistas sobre o risco de aquecimento anormal do planeta não começaram com os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC , na sigla em inglês).
Depois de publicar avaliações em 1990, 1995 e 2001, o painel lançou em 2007 o documento que se tornou o consenso científico sobre aquecimento , elaborado por nada menos que 1.200 cientistas independentes e 2.500 revisores.
Mas a investigação científica sobre esses processos climáticos começou há muito tempo. Precisamente 180 anos antes do 4º relatório do IPCC ser divulgado, o matemático e físico francês Jean Baptiste Fourier já havia calculado que a Terra seria muito mais fria se não existisse a atmosfera.
Trinta e dois anos depois de Fourier, o irlandês John Tyndall descobriu, em 1859, que alguns gases, como dióxido de carbono e metano, aprisionam a radiação infravermelha, criando o efeito estufa.
Em 1896, o químico sueco Svante Arrhenius (prêmio Nobel de química em 1903) apontou a queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) como produtora de dióxido de carbono (CO2) e calculou que a temperatura da Terra aumentaria 5°C com o dobro de CO2 na atmosfera.
As medições empíricas começaram para valer em 1958, quando o americano Charles David Keeling pôs em operação uma estação de medições de dióxido de carbono no alto do monte Mauna Loa, no Havaí (a 3,4 km do nível do mar), e detectou a elevação anual de CO2 atmosférico com o aumento do uso dos combustíveis fósseis no pós-guerra.
Coleta e processamento
Foi só nas últimas décadas que um certo ceticismo da comunidade científica foi rompido. Primeiro porque passou a ser viável obter séries longas de dados climatológicos para diferentes regiões do globo, o que permitiu observar alterações significativas em escala planetária, e não apenas numa região específica.
Também passaram a ser desenvolvidos computadores com a potência necessária para processar modelos de simulação dos processos físicos, químicos e biológicos que afetam todo o sistema climático.
Em 2001, relatório do IPCC previu aumento de 1,4°C a 5,8°C na temperatura do planeta até 2100. Seis anos depois, o quarto relatório do IPCC defendeu que o aquecimento global é “inequívoco”, prevendo aumento médio de 3°C caso a concentração de gases-estufa dobre.
O IPCC foi criado em 1988. “Filho” de duas agências das Nações Unidas – a que trata de meio ambiente (Pnuma) e a dedicada à meteorologia (WMO, na sigla em inglês) – seu objetivo é usar a literatura científica para compreender e avaliar a extensão das mudanças climáticas. Outro objetivo é avaliar o potencial da humanidade para adaptar-se às alterações ou fazer frente a elas. Junto com o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, os cientistas do IPCC até ganharam o Nobel da Paz, em 2007.
Conhecimento científico acumulado, portanto, não é problema. A questão, agora, é se as nações terão capacidade de assumir compromissos reais para enfrentá-lo. Até o momento, o histórico não é dos mais animadores .
Do G1, em São Paulo
Depois de publicar avaliações em 1990, 1995 e 2001, o painel lançou em 2007 o documento que se tornou o consenso científico sobre aquecimento , elaborado por nada menos que 1.200 cientistas independentes e 2.500 revisores.
Mas a investigação científica sobre esses processos climáticos começou há muito tempo. Precisamente 180 anos antes do 4º relatório do IPCC ser divulgado, o matemático e físico francês Jean Baptiste Fourier já havia calculado que a Terra seria muito mais fria se não existisse a atmosfera.
Trinta e dois anos depois de Fourier, o irlandês John Tyndall descobriu, em 1859, que alguns gases, como dióxido de carbono e metano, aprisionam a radiação infravermelha, criando o efeito estufa.
Em 1896, o químico sueco Svante Arrhenius (prêmio Nobel de química em 1903) apontou a queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) como produtora de dióxido de carbono (CO2) e calculou que a temperatura da Terra aumentaria 5°C com o dobro de CO2 na atmosfera.
As medições empíricas começaram para valer em 1958, quando o americano Charles David Keeling pôs em operação uma estação de medições de dióxido de carbono no alto do monte Mauna Loa, no Havaí (a 3,4 km do nível do mar), e detectou a elevação anual de CO2 atmosférico com o aumento do uso dos combustíveis fósseis no pós-guerra.
Coleta e processamento
Foi só nas últimas décadas que um certo ceticismo da comunidade científica foi rompido. Primeiro porque passou a ser viável obter séries longas de dados climatológicos para diferentes regiões do globo, o que permitiu observar alterações significativas em escala planetária, e não apenas numa região específica.
Também passaram a ser desenvolvidos computadores com a potência necessária para processar modelos de simulação dos processos físicos, químicos e biológicos que afetam todo o sistema climático.
Em 2001, relatório do IPCC previu aumento de 1,4°C a 5,8°C na temperatura do planeta até 2100. Seis anos depois, o quarto relatório do IPCC defendeu que o aquecimento global é “inequívoco”, prevendo aumento médio de 3°C caso a concentração de gases-estufa dobre.
O IPCC foi criado em 1988. “Filho” de duas agências das Nações Unidas – a que trata de meio ambiente (Pnuma) e a dedicada à meteorologia (WMO, na sigla em inglês) – seu objetivo é usar a literatura científica para compreender e avaliar a extensão das mudanças climáticas. Outro objetivo é avaliar o potencial da humanidade para adaptar-se às alterações ou fazer frente a elas. Junto com o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, os cientistas do IPCC até ganharam o Nobel da Paz, em 2007.
Conhecimento científico acumulado, portanto, não é problema. A questão, agora, é se as nações terão capacidade de assumir compromissos reais para enfrentá-lo. Até o momento, o histórico não é dos mais animadores .
Do G1, em São Paulo
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