Água do Castanhão garante o abastecimento da refinaria e da siderúrgica
EDMAR SOARES
Refinaria e siderúrgica são projetos que se viabilizam com os últimos investimentos hídricos no Ceará. Mais açudes estão sendo construídos. Também cresceu a malha rodoviária
O Ceará fechou o ano com boa margem de acumulação de água em seus recursos hídricos.
A pesquisa Anuário Estatístico do Ceará 2010, apresentada ontem pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), aponta que o Estado tem capacidade para armazenar até 17,8 bilhões de metros cúbicos de água em 133 açudes públicos. Esta água serve para o consumo humano e, também, garante projetos como a refinaria Premium II e a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).
A pesquisa levantou dados sobre os recursos hídricos do Ceará em agosto do ano passado. O Ceará à época acumulava 12 bilhões de metros cúbicos, de uma capacidade máxima de 17,8 bilhões. Uma série de investimentos é feita hoje pelo Governo do Estado e pelo Governo Federal para elevar a capacidade de acumulação.
O secretário dos Recursos Hídricos, César Pinheiro, aponta que está em fase de conclusão o Eixão das Águas. A obra também consta na pesquisa do Ipece. Trata-se de um canal, com investimentos de R$ 1,2 bilhão, para levar água do açude Castanhão, no Vale do Jaguaribe, até a Grande Fortaleza e ao Pecém.
A água do Castanhão garante o abastecimento da refinaria e da siderúrgica, lembra o engenheiro Yuri Castro, da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos. Há ainda as termelétricas Endesa Fortaleza e Termoceará, hoje em operação, e as termelétricas em obras Energia Pecém e MPX II, entre outros projetos.
E o Ceará continua elevando sua capacidade hídrica. Mais sete açudes estão em fase de construção, licitação ou pré-licitação.
Segundo Pinheiro, o trecho do Eixão entre a Grande Fortaleza e o Pecém está 35% concluído. Fica pronto no próximo ano.
Yuri lembra que os açudes garantem água, também, para a agricultura.
Entenda a Notícia
Um aporte satisfatório e regular de água é necessário para viabilizar grandes projetos, como a siderúrgica, que tem um consumo alto. As estradas também viabilizam o crescimento do Estado, tanto no campo como na Capital.
27.01.2011
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